Paul Strathern(1940-) é um escritor, jornalista e professor de matemática e filosofia britânico. Autor de vários livros sobre divulgação do conhecimento em geral com livros em português: séries Filósofos em 90 minutos, Cientistas em 90 minutos e Uma Breve História da Economia, além do livro aqui analisado.
Começando de maneira literal com Mendeleiev, químico russo criador da Tabela Periódica dos Elementos, O Sonho de Mendeleiev ilustra bem o sonho desse e da quase totalidade dos químicos e da própria química: ordenar a matéria e, consequentemente, o próprio mundo. Começando com a Antiguidade Clássica e os filósofos pré-socráticos, o pensamento científico vai se desenrolando até chegar a questão inicial e o começo de uma "química de gente grande" sintetizada na figura do tempestuoso Mendeleiev.
O livro lembra bastante Mundos Invisíveis , por serem de divulgação científica e tratarem de assuntos semelhantes(desenvolvimento do imaginário humano sobre a constituição da natureza em sua parte mais elementar como átomos ou como elementos propriamente ditos), porém o estilo dos dois escritores é bem divergente. Strathern escreve esse livro não para leigos mas para quem já tem algum conhecimento científico ou pelo menos tenha interesse pela ciência. Isso é evidente na ênfase nas biografias e nas descrições mais precisas da época, histórico e culturalmente, mostrando a influência dela no pensamento científico e como foi responsável por alguns dos erros mais bizarros da ciência. Isso tem um porém, muitas vezes nessas incursões pela vida e pensamento nas épocas, ele é claramente parcial tanto na apresentação de dados(como na omissão de que o inventor da Tabela Periódica também foi o inventor da vodka) quanto criticando a filosofia em favor da ciência. Mas isso é um fator pequeno num trabalho de excelência.
Trecho do livro:
"Além de sua crença em Deus, Becher acreditava também na química. Sua afirmação dessa crença é uma das mais inspiradoras de toda a ciência:'Os químicos são uma estranha classe de mortais, impelidos por um impulso quase insano a procurar seus prazeres em meio a fumaça e vapor, fuligem e chamas, venenos e pobreza, e no entanto, entre todos esses males, tenho a impressão de viver tão agradavelmente que prefiriria morrer a trocar de lugar com o rei da Pérsia."
Começando de maneira literal com Mendeleiev, químico russo criador da Tabela Periódica dos Elementos, O Sonho de Mendeleiev ilustra bem o sonho desse e da quase totalidade dos químicos e da própria química: ordenar a matéria e, consequentemente, o próprio mundo. Começando com a Antiguidade Clássica e os filósofos pré-socráticos, o pensamento científico vai se desenrolando até chegar a questão inicial e o começo de uma "química de gente grande" sintetizada na figura do tempestuoso Mendeleiev.
O livro lembra bastante Mundos Invisíveis , por serem de divulgação científica e tratarem de assuntos semelhantes(desenvolvimento do imaginário humano sobre a constituição da natureza em sua parte mais elementar como átomos ou como elementos propriamente ditos), porém o estilo dos dois escritores é bem divergente. Strathern escreve esse livro não para leigos mas para quem já tem algum conhecimento científico ou pelo menos tenha interesse pela ciência. Isso é evidente na ênfase nas biografias e nas descrições mais precisas da época, histórico e culturalmente, mostrando a influência dela no pensamento científico e como foi responsável por alguns dos erros mais bizarros da ciência. Isso tem um porém, muitas vezes nessas incursões pela vida e pensamento nas épocas, ele é claramente parcial tanto na apresentação de dados(como na omissão de que o inventor da Tabela Periódica também foi o inventor da vodka) quanto criticando a filosofia em favor da ciência. Mas isso é um fator pequeno num trabalho de excelência.
Trecho do livro:
"Além de sua crença em Deus, Becher acreditava também na química. Sua afirmação dessa crença é uma das mais inspiradoras de toda a ciência:'Os químicos são uma estranha classe de mortais, impelidos por um impulso quase insano a procurar seus prazeres em meio a fumaça e vapor, fuligem e chamas, venenos e pobreza, e no entanto, entre todos esses males, tenho a impressão de viver tão agradavelmente que prefiriria morrer a trocar de lugar com o rei da Pérsia."
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