Olá! Para os que não me conhecem, meu nome é Paula e sou uma das alunas do Djan.
Há um tempo ele me pediu para que eu postasse no post 200 dele um de meus textos, o que eu poderia dizer quanto a isso?
"Muito obrigada, Djan!" Fico muito honrada em você ter me pedido isso, e em colaborar (nem que só um pouquinho) para que seu blog chegue nos 200! 200! E o meu não tem nem 10 postagens!
Ah... Então, lá vai!
Nin Niku,
“E quando acordei, já estava com essa coisa de metal.”
Bateu de leve com o indicador no metal que cobria parte de sua cabeça. Ouviu o banque seco, e sentiu aquela superfície gelada na ponta do seu dedo.
Nin estava sentada no topo de um monte alto de ferrugens, no ferro-velho que pertencia a seu pai. Ela olhava o Sol se pondo, indo para junto do mar. O céu daquele dia tinha um tom diferente, estava mais alaranjado, como se um garoto travesso tivesse tacado contra ele uma camada de tinta abóbora e esperado que o Sol terminasse o trabalho de espalhá-la pelo céu.
Juntou as pernas com o resto do corpo, e apoiou a cabeça em seus joelhos. Sentindo o metal gélido roçar neles. E fechou os olhos.
O ferro-velho ficava no alto de uma colina, de frente para a praia. A vista era linda.
A grama debaixo das pilhas de coisas largadas ia correndo e acabava, repentina, numa descida íngreme de pedras. As pedras, por sua vez, terminavam se esfarelando como a areia, areia que era banhada pela água do mar refletindo o céu sujo de tinta laranja.
Dali também se podia ver o caminho, não tão bonito, que se encarregava de subir as pessoas para o ferro-velho. Ele era todo de poeira, areia e um pouco de barro, meio mal circundado pelo capim e entrecoberto pela grama, chegava até o ferro-velho numa subida de ziguezagues e terminava ao lado de uma árvore baixinha.
Era por aquele caminho que o pai de Nin ia vindo. Ela levantou a cabeça dos joelhos ao ouvir o som oco dos passos pisando na grama, olhou para a sua esquerda e viu seu pai.
Ele também encontrou a garota, sentada na pilha de coisas, e acenou abrindo um sorriso como quem abre um leque. Nin acenou de volta, era noite de quarta-feira, quando o pai ficava livre de seus afazeres na empresa e no ferro.
Sempre naquelas noites, ela se acostumara a esperar pelo pai, e ele subia levando uns marshmallows. Os dois montavam uma fogueira com uns restos do lugar, e derretiam os seus marshmallows.
Digo, não posso mentir que havia dias em que eles tomavam chocolate-quente dentro do chalezinho da colina ou, então, apenas conversavam, mas eles sempre preferiam derreter marshmallows na fogueira improvisada. Eles eram viciados em açúcar. E viciados em pôr-do-sol.
Nin esperou o pai terminar o caminho para descer da pilha e ir falar com ele.
“Meu pequeno alho!”, o pai gritou se aproximando da garota, carregando uma sacola pequena e embalada a vácuo que ele separara para os doces.
“Trouxe os seus favoritos.”, continuou, levantou a sacola e mostrou para Nin. Os favoritos dela eram os que pareciam se contorcer de tanto açúcar, coloridos, os mais alegres.
“Obrigada, pai!”
Os dois se abraçaram e caminharam para perto da descida suicida para a praia. O pai de Nin se abaixou, largando a sacola no chão, e olhou para o céu.
“Hoje está com um colorido diferente.”, ele disse.
Nin estava um pouco atrás dele, mas ainda assim apenas balançou a cabeça numa concordância. Era nisso que ela também estivera reparando há momentos, seu pai e ela pensavam iguais, falavam iguais. Só não eram muito parecidos.
Ela observou o pai olhando para o céu, viu sua calvície e seus cabelos grisalhos, viu sua baixa-estatura. Pensou em si mesma, tinha apenas duas madeixas loiro-desbotado, mas compridas, saindo da superfície de metal e escorrendo por ela, e era um pouco mais alta que o pai, com uns um metro e sessenta e cinco.
Ele virou a cabeça, de repente, em direção à Nin e com outro sorriso.
“Sabia que você concordaria.", e virou o corpo todo junto. "Então, vamos ao trabalho?!"
Os dois sacudiram os esqueletos, e foram à procura de peças de madeira.
Quando cada um já tinha pegado o seu monte, juntaram os dois e atearam fogo com três dos fósforos da caixinha que o pai sempre carregava enfiada no bolso de sua jaqueta.
Sentaram-se ao lado do fogo que crepitava. O pai de Nin puxou para si a sacola de marshmallows, abriu e estendeu para sua filha. Ela puxou um da sacola e o espetou no graveto que havia encontrado perto de um forno de microondas enferrujado. Seu pai pegou dois marshmallows, e assou-os de uma vez, largando a sacola entreaberta na grama.
“E como vamos na cabeça?”
“Vamos bem, pai.”
“Que bom, que bom.”
O assunto terminou.
Fez um estalinho com a boca, lembrando-se de algo.
“Não deveríamos comemorar? Já faz mais de duas semanas que você não teve nenhum desmaio!”
“Ah, isso não é lá grande coisa, pai, não quando ainda se tem que carregar esses chips e fazer backups da minha memória.”
“Pelo menos, isso diminui o risco de perder algo importante.”
“Está certo, é uma meia verdade.”
“Não é uma meia verdade, Nin.”, e ele sorriu. “Porque se não seria uma mentira inteira!”
A filha também sorriu, toda meia verdade é uma mentira inteira, para ela o pai tinha razão. Nin olhou para os marshmallows esquentando, ainda não estavam no ponto.
“É verdade, pai.”
“Uma verdade inteira.”
Voltou a checar a fogueira.
“Mas...”, Nin engoliu a seco abaixando a cabeça com o mesmo olhar triste de quando assistia sozinha ao pôr-do-sol. “Eu ainda queria saber o porquê.”
E o pai entortou o pescoço, vendo Nin cair mais com os olhos vazios.
“Tudo bem eu desmaiar, poderia ser estresse, ou pressão-baixa. Mas por que eu perco a memória quando desmaio?”
“Ah, Alhinho, bem que queríamos saber disso direito. Faz parte desse problema que você tem, desse distúrbio.”, disse o pai suspiroso.
Era que nem toda a vez, Nin nunca agüentava e, numa quarta-feira à noite, comentava e reclamava sempre com seu pai daquilo. É que ela passava o dia todo pensando nesse mesmo assunto, pensava quando via sua mãe, quando via Ake e Mitsu, seus irmãos, ou quando olhava para as crianças da sua turma. Mas a única pessoa com quem se via aberta a falar era seu pai, nas quartas, e no ferro-velho.
“E por que colocar essa coisa de metal na minha cabeça?”, sua voz foi se perdendo. Porque elas duas sabiam a resposta, a voz e Nin.
“Isso é óbvio, você sabe. Não queremos você podendo perder alguma informação importante, ou que tenha que aprender tudo de novo, como houve aos seus dez anos.”
“Eu preferia nem lembrar que tenho isso a ficar com essa droga na minha cabeça!”
Nin suspirou, e choramingou.
“Não posso falar com ninguém, todos na turma me chamam de peixinho-dourado. E dizem que eu esqueço tudo.”
“Não diga assim, alhinho.”
Ela sentiu o calor gostoso da lágrima escorrendo pelo seu rosto, e depois colocou a língua para fora, lambendo. Provou mais uma vez o sabor de outra lágrima, elas pareciam ter um sabor agridoce. Ou um sabor de olho de motor, Nin pensou sentindo o peso do metal com mais força, empurrando-se contra sua cabeça.
“É verdade, pai... Eu preferia.”
O pai estalou os lábios, com o mesmo barulho, olhou para o Sol dando adeus no horizonte e voltou-se à filha.
“Eu já expliquei para você, essas crianças que chamam você assim não merecem nenhuma atenção. Especialmente a do tipo que você as dá!”, ele riu.
Nin não se conteve e riu também, recordou-se dos tapas e socos que dera, e ainda dava, nos que a chamavam de peixe.
“Você é maravilhosa do jeito que é, sua memória nunca vai alterar sua personalidade. Ela, que está decidida nos seus genes.”, o pai ficou olhando para a filha, com o carinho de seus olhos azuis escorrendo para ela pela grama, ela apoiou a bochecha nos joelhos e os abraçou virada para o pai.
Ficaram sorrindo por um tempo, aquela conversa triste já tinha terminado.
Quartas-feiras:
Ferro-velho à noite;
Marshmallows, ou algum doce com excesso de açúcar;
Abraços e o apelido delicado de Alhinho;
Nin Niku extravasando sua raiva e agonia;
Palavras gentis do pai;
O carinho dele regando a grama;
Marshmallows torrados.
E algo mais.
O pai de Nin fungou o ar, sentindo um cheiro da cor de brasas. Ele levou estabanadamente as mãos à cabeça.
“Nossos marshmallows!”, escancarou um grito.
“Sempre nos esquecemos do ponto!”, Nin riu, naquelas risadas que saem apenas bufando pelo nariz.
“Verdade inteira, Alhinho, e nem precisamos de desmaios para esquecê-los aqui...”, disse com um tom descepcionado espiando os marshmallows. Foi até os gravetos fincados na terra, os tirou de lá e ajoelhou-se perto de Nin. Ele esticou um dos gravetos, ela negou com a voz saindo meio esganiçada e crítica.
“Esse é o seu! Eu não quero duas dessas coisas queimadas!”
“Ah... Você percebeu, droga!”
Fim. (da primeira parte)
Bom, bom. Bombom. Espero que tenha sido uma história boa que nem bombom, mas acho difícil ser tão doce!
Para quem não entendeu muito bem, pois essa é apenas a primeira parte, a história conta sobre uma garota que sofre de um distúrbio no qual, toda vez em que ela tem um de seus desmaios repentinos, ela perde partes de sua memória. E, por culpa disso, teve de implantar chips para gravarem sua memória, impedindo que ela pudesse se perder. Esses chips realmente estão começando a serem criados, e graças a meu amigo, Rodrigo, soube disso já depois de ter criado parte da história. Queria muito agradecer a ele que me ajudou com uma parte da pesquisa sobre os chips, para poder dar um pouco de realismo surreal a ela!
Então, muito obrigada a todos! Pela ajuda e pela chance de postar esse texto!
Kissus!
Há um tempo ele me pediu para que eu postasse no post 200 dele um de meus textos, o que eu poderia dizer quanto a isso?
"Muito obrigada, Djan!" Fico muito honrada em você ter me pedido isso, e em colaborar (nem que só um pouquinho) para que seu blog chegue nos 200! 200! E o meu não tem nem 10 postagens!
Ah... Então, lá vai!
Nin Niku,
“E quando acordei, já estava com essa coisa de metal.”
Bateu de leve com o indicador no metal que cobria parte de sua cabeça. Ouviu o banque seco, e sentiu aquela superfície gelada na ponta do seu dedo.
Nin estava sentada no topo de um monte alto de ferrugens, no ferro-velho que pertencia a seu pai. Ela olhava o Sol se pondo, indo para junto do mar. O céu daquele dia tinha um tom diferente, estava mais alaranjado, como se um garoto travesso tivesse tacado contra ele uma camada de tinta abóbora e esperado que o Sol terminasse o trabalho de espalhá-la pelo céu.
Juntou as pernas com o resto do corpo, e apoiou a cabeça em seus joelhos. Sentindo o metal gélido roçar neles. E fechou os olhos.
O ferro-velho ficava no alto de uma colina, de frente para a praia. A vista era linda.
A grama debaixo das pilhas de coisas largadas ia correndo e acabava, repentina, numa descida íngreme de pedras. As pedras, por sua vez, terminavam se esfarelando como a areia, areia que era banhada pela água do mar refletindo o céu sujo de tinta laranja.
Dali também se podia ver o caminho, não tão bonito, que se encarregava de subir as pessoas para o ferro-velho. Ele era todo de poeira, areia e um pouco de barro, meio mal circundado pelo capim e entrecoberto pela grama, chegava até o ferro-velho numa subida de ziguezagues e terminava ao lado de uma árvore baixinha.
Era por aquele caminho que o pai de Nin ia vindo. Ela levantou a cabeça dos joelhos ao ouvir o som oco dos passos pisando na grama, olhou para a sua esquerda e viu seu pai.
Ele também encontrou a garota, sentada na pilha de coisas, e acenou abrindo um sorriso como quem abre um leque. Nin acenou de volta, era noite de quarta-feira, quando o pai ficava livre de seus afazeres na empresa e no ferro.
Sempre naquelas noites, ela se acostumara a esperar pelo pai, e ele subia levando uns marshmallows. Os dois montavam uma fogueira com uns restos do lugar, e derretiam os seus marshmallows.
Digo, não posso mentir que havia dias em que eles tomavam chocolate-quente dentro do chalezinho da colina ou, então, apenas conversavam, mas eles sempre preferiam derreter marshmallows na fogueira improvisada. Eles eram viciados em açúcar. E viciados em pôr-do-sol.
Nin esperou o pai terminar o caminho para descer da pilha e ir falar com ele.
“Meu pequeno alho!”, o pai gritou se aproximando da garota, carregando uma sacola pequena e embalada a vácuo que ele separara para os doces.
“Trouxe os seus favoritos.”, continuou, levantou a sacola e mostrou para Nin. Os favoritos dela eram os que pareciam se contorcer de tanto açúcar, coloridos, os mais alegres.
“Obrigada, pai!”
Os dois se abraçaram e caminharam para perto da descida suicida para a praia. O pai de Nin se abaixou, largando a sacola no chão, e olhou para o céu.
“Hoje está com um colorido diferente.”, ele disse.
Nin estava um pouco atrás dele, mas ainda assim apenas balançou a cabeça numa concordância. Era nisso que ela também estivera reparando há momentos, seu pai e ela pensavam iguais, falavam iguais. Só não eram muito parecidos.
Ela observou o pai olhando para o céu, viu sua calvície e seus cabelos grisalhos, viu sua baixa-estatura. Pensou em si mesma, tinha apenas duas madeixas loiro-desbotado, mas compridas, saindo da superfície de metal e escorrendo por ela, e era um pouco mais alta que o pai, com uns um metro e sessenta e cinco.
Ele virou a cabeça, de repente, em direção à Nin e com outro sorriso.
“Sabia que você concordaria.", e virou o corpo todo junto. "Então, vamos ao trabalho?!"
Os dois sacudiram os esqueletos, e foram à procura de peças de madeira.
Quando cada um já tinha pegado o seu monte, juntaram os dois e atearam fogo com três dos fósforos da caixinha que o pai sempre carregava enfiada no bolso de sua jaqueta.
Sentaram-se ao lado do fogo que crepitava. O pai de Nin puxou para si a sacola de marshmallows, abriu e estendeu para sua filha. Ela puxou um da sacola e o espetou no graveto que havia encontrado perto de um forno de microondas enferrujado. Seu pai pegou dois marshmallows, e assou-os de uma vez, largando a sacola entreaberta na grama.
“E como vamos na cabeça?”
“Vamos bem, pai.”
“Que bom, que bom.”
O assunto terminou.
Fez um estalinho com a boca, lembrando-se de algo.
“Não deveríamos comemorar? Já faz mais de duas semanas que você não teve nenhum desmaio!”
“Ah, isso não é lá grande coisa, pai, não quando ainda se tem que carregar esses chips e fazer backups da minha memória.”
“Pelo menos, isso diminui o risco de perder algo importante.”
“Está certo, é uma meia verdade.”
“Não é uma meia verdade, Nin.”, e ele sorriu. “Porque se não seria uma mentira inteira!”
A filha também sorriu, toda meia verdade é uma mentira inteira, para ela o pai tinha razão. Nin olhou para os marshmallows esquentando, ainda não estavam no ponto.
“É verdade, pai.”
“Uma verdade inteira.”
Voltou a checar a fogueira.
“Mas...”, Nin engoliu a seco abaixando a cabeça com o mesmo olhar triste de quando assistia sozinha ao pôr-do-sol. “Eu ainda queria saber o porquê.”
E o pai entortou o pescoço, vendo Nin cair mais com os olhos vazios.
“Tudo bem eu desmaiar, poderia ser estresse, ou pressão-baixa. Mas por que eu perco a memória quando desmaio?”
“Ah, Alhinho, bem que queríamos saber disso direito. Faz parte desse problema que você tem, desse distúrbio.”, disse o pai suspiroso.
Era que nem toda a vez, Nin nunca agüentava e, numa quarta-feira à noite, comentava e reclamava sempre com seu pai daquilo. É que ela passava o dia todo pensando nesse mesmo assunto, pensava quando via sua mãe, quando via Ake e Mitsu, seus irmãos, ou quando olhava para as crianças da sua turma. Mas a única pessoa com quem se via aberta a falar era seu pai, nas quartas, e no ferro-velho.
“E por que colocar essa coisa de metal na minha cabeça?”, sua voz foi se perdendo. Porque elas duas sabiam a resposta, a voz e Nin.
“Isso é óbvio, você sabe. Não queremos você podendo perder alguma informação importante, ou que tenha que aprender tudo de novo, como houve aos seus dez anos.”
“Eu preferia nem lembrar que tenho isso a ficar com essa droga na minha cabeça!”
Nin suspirou, e choramingou.
“Não posso falar com ninguém, todos na turma me chamam de peixinho-dourado. E dizem que eu esqueço tudo.”
“Não diga assim, alhinho.”
Ela sentiu o calor gostoso da lágrima escorrendo pelo seu rosto, e depois colocou a língua para fora, lambendo. Provou mais uma vez o sabor de outra lágrima, elas pareciam ter um sabor agridoce. Ou um sabor de olho de motor, Nin pensou sentindo o peso do metal com mais força, empurrando-se contra sua cabeça.
“É verdade, pai... Eu preferia.”
O pai estalou os lábios, com o mesmo barulho, olhou para o Sol dando adeus no horizonte e voltou-se à filha.
“Eu já expliquei para você, essas crianças que chamam você assim não merecem nenhuma atenção. Especialmente a do tipo que você as dá!”, ele riu.
Nin não se conteve e riu também, recordou-se dos tapas e socos que dera, e ainda dava, nos que a chamavam de peixe.
“Você é maravilhosa do jeito que é, sua memória nunca vai alterar sua personalidade. Ela, que está decidida nos seus genes.”, o pai ficou olhando para a filha, com o carinho de seus olhos azuis escorrendo para ela pela grama, ela apoiou a bochecha nos joelhos e os abraçou virada para o pai.
Ficaram sorrindo por um tempo, aquela conversa triste já tinha terminado.
Quartas-feiras:
Ferro-velho à noite;
Marshmallows, ou algum doce com excesso de açúcar;
Abraços e o apelido delicado de Alhinho;
Nin Niku extravasando sua raiva e agonia;
Palavras gentis do pai;
O carinho dele regando a grama;
Marshmallows torrados.
E algo mais.
O pai de Nin fungou o ar, sentindo um cheiro da cor de brasas. Ele levou estabanadamente as mãos à cabeça.
“Nossos marshmallows!”, escancarou um grito.
“Sempre nos esquecemos do ponto!”, Nin riu, naquelas risadas que saem apenas bufando pelo nariz.
“Verdade inteira, Alhinho, e nem precisamos de desmaios para esquecê-los aqui...”, disse com um tom descepcionado espiando os marshmallows. Foi até os gravetos fincados na terra, os tirou de lá e ajoelhou-se perto de Nin. Ele esticou um dos gravetos, ela negou com a voz saindo meio esganiçada e crítica.
“Esse é o seu! Eu não quero duas dessas coisas queimadas!”
“Ah... Você percebeu, droga!”
Fim. (da primeira parte)
Bom, bom. Bombom. Espero que tenha sido uma história boa que nem bombom, mas acho difícil ser tão doce!
Para quem não entendeu muito bem, pois essa é apenas a primeira parte, a história conta sobre uma garota que sofre de um distúrbio no qual, toda vez em que ela tem um de seus desmaios repentinos, ela perde partes de sua memória. E, por culpa disso, teve de implantar chips para gravarem sua memória, impedindo que ela pudesse se perder. Esses chips realmente estão começando a serem criados, e graças a meu amigo, Rodrigo, soube disso já depois de ter criado parte da história. Queria muito agradecer a ele que me ajudou com uma parte da pesquisa sobre os chips, para poder dar um pouco de realismo surreal a ela!
Então, muito obrigada a todos! Pela ajuda e pela chance de postar esse texto!
Kissus!
3 Recados:
. nossa !
já se passaram 100 posts ;O
parabéns então !
Paulinha, belíssima história. o que me chateia é a ansiedade da próxima parte. mas vale a pena, tenho certeza
ao andarilho as sinceras prosperidades nos próximos posts ;D
Nada mais prazeroso do que ser visitante em sua própria casa, pela segunda vez confio as chavez do meu lar uma sehorita e pela segunda vez fico feliz com o resultado.
Contudo tenho que ressaltar que minha querida Paula mais um fez foi muito além do esperado, superando as maiores espectativas, que já eram grandes.
Paula agradeço por ceder um pouco do seu tempo para abrilhantar esse obscuro blog e espero ansioso pela continuação.
Beijos
Muito obrigada, Djan!
Agradeço pela oportunidade, fantástico! ^^
Kissus!
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