A Mídia do Contragolpe

  • on 23/11/2007
  • E a Al Qaeda eletrônica prossegue com a sua Pirâmide da Impostura contra a VEJA, o Diogo, o Reinaldo, a “mídia golpista”...

    “Mídia golpista”? Não: somos é a frente avançada — e avançada mesmo, porque estamos na liderança (e notem que não escrevi “vanguarda”, já explico por quê) — da “mídia do contragolpe”. É isto: de hoje em diante, leitores, nós somos a liderança do contragolpe.

    Golpista é querer fazer do roubo uma ideologia.
    Golpista é sustentar que as urnas dão ao vitorioso o direito de esbulhar as leis.
    Golpista é usar a democracia para solapar a democracia.
    Golpista é propor arranjos de cúpula em que os malandros se protegem contra os interesses do país e o espírito das leis.
    Golpista é defender a Constituição com a mão direita e tentar fraudá-la com a mão esquerda.
    Golpista é tentar fazer com que definições particulares de justiça corroam o estado de direito.
    Golpista é aparelhar o estado.
    Golpista é promover “eugenia ideológica” em órgãos públicos.
    Golpista é separar o joio do trigo e escolher o joio.
    Golpista é defender tiranias e ditaduras.

    Somos a mídia do contragolpe.
    Da Constituição democrática.
    Dos métodos democráticos de mudar uma constituição democrática.
    Da liberdade de expressão.
    Do direito à plena informação.
    Da verdade que não se deixa velar pela fantasia ideológica.
    Do triunfo do fato sobre a empulhação da suposta redenção dos oprimidos.
    Da sociedade dos homens livres, não-subordinados a corporações de ofício.
    Das liberdades individuais.
    Da livre empresa.
    Do estado em minúscula.
    Do Indivíduo em maiúscula.

    E, por isso, estamos na liderança. Na revista. No blog. No colunismo. E falei “liderança”, não falei “vanguarda”. Porque a “vanguarda” vai muito adiante dos seus, com quem não dialoga. E o jornalismo de VEJA, o blog, os colunistas falam a uma massa imensa de leitores. Leitores que comungam de seus mesmos princípios. Leitores em número sempre crescente.

    Há um esforço enorme de intimidação. Tocadores de saxofone do petralhismo, que ainda serão promovidos a tocadores de tuba, abusam da ignorância da claque, mantendo-a na trevas da ignorância. São herdeiros de um tempo em que a informação só chegava a um grande número de pessoas depois de filtrada pelo “establishment” esquerdopata. Esse tempo acabou. Estamos diante dos estertores das baleias encalhadas. Morrerão na praia da impostura. São pesadas e estúpidas demais para dar meia-volta.

    Querem acuar a “mídia do contragolpe”. Usam para tanto, a desqualificação, o boato, a mentira, os aparelhos de representação corporativa no qual se aboletam, faceiros, sugando os recursos de um país pobre em benefício de benesses disfarçadas de ideologia. Mas não acuam ninguém.

    Somos a mídia do contragolpe. Não há nisso vocação missionária porque “missionários” são eles; sectários são eles; heréticos são eles. Continuaremos na liderança porque acreditamos, de fato, que a verdade liberta o homem da ignorância e do atraso e o protege das tiranias.

    E sei bem: para “eles”, nada pode ser mais irritante. Que isso valha por um pequeno manifesto. Multipliquem este texto. Eles que se calem. Porque, é claro, nós falamos. Em defesa da democracia e do estado de direito.

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    Texto de Reinaldo Azevedo
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